domingo, 15 de fevereiro de 2009

Happy Hour

No começo era assim, em comum, eles só tinham o fato de trabalharem na mesma empresa. Ele era atraente, isso ela notava. Ele também a achava bonita. Mas nunca tinham tido contatos mais íntimos que “bom dia”, “você viu esse relatório...” ou “a máquina de xerox quebrou de novo!”. Ela sabia vagamente que ele era noivo. Ele tinha uma idéia de que ela era solteira.

Um happy hour mudou a história. Ela sempre saía com o pessoal do escritório às quintas, mas ele nunca ia. Um dia, resolveu ir. E por uma dessas ironias do destino acabaram sentando lado a lado no bar. Alguns chopps e muita prosa depois, um colega bêbado levantou o assunto sobre os atributos das garotas do escritório. Peitos, bundas, pernas... E ele disse que gostava mesmo era de um belo pezinho. Altos protestos de uns, concordância de outros, mais chopps. Então ele lhe disse, quando ninguém estava mais olhando: Aliás, seu pés são os mais lindos que já vi!

Ela foi embora meio tonta, em parte pelas tulipas de chopp, em outra pelo que ele havia dito. Estava irremediavelmente interessada no cara lindo, engraçado e sutil o suficiente pra notar seus pés. E disposta a fazer seus dias no trabalho mais felizes...

Sandálias peladinhas, saltos altos, rasteirinhas coloridas... Ela, que ia trabalhar sempre de sapatilhas, preparou um arsenal pra derrubar qualquer podólatra. E ele adorou! E ela passou a provocá-lo cada dia mais. Cruzava as pernas e fazia dangling. Ele acompanhava cada movimento com água da boca. Tirava os sapatos, esticava os pés, mexia os dedinhos na direção da mesa dele. Ele sorria de volta, cara de fome.

Com o tempo, passaram a trocar bilhetes e torpedos pelo celular. “Seu pezinho está delicioso nessa sandalinha”... Ela caminhava até seu lugar sob algum pretexto, e passava os pés pela sua perna por baixo da mesa. “Vem ver minhas sandálias novas”. Ele ia falar com ela, derrubava a caneta no chão, se abaixava para pegar e tocava seus pés. Eles começaram a arrumar pretexto pra se tocarem o tempo todo. O desejo pairando entre eles. Ninguém mais dormia, comia ou trabalhava sem pensar em como seria estarem juntos.

Então um dia, depois de uma sessão de torpedos e roçadas propositais particularmente quentes, ela mandou uma mensagem: “Vamos almoçar juntos?”. Ele topou. Entraram no carro e sem nem conversar, foram direto para o motel. Se jogaram um sobre o outro. Beijos arfantes, roupas arrancadas rapidamente, sexo urgente, sem preliminares. Ela gozou, ele esperou. E quando ela estava jogada, exausta e achando que não era possível ser mais feliz, ele agarrou seus pés. Chupou dedinho por dedinho, lambeu entre eles, as dobrinhas. Mordeu seu calcanhar, passou a língua pelas solinhas. Ela retribuiu tanto prazer, tocando-o com os pezinhos. Só queria fazê-lo sentir o que ela sentira. Então foi a vez dele de chegar ao orgasmo, ali mesmo, nas solinhas dela.

Ele banhou seus pés, calçou-a. E voltaram à realidade. O que seria deles no futuro, não sabiam. Apenas estavam certos que algo mudara pra sempre...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A primeira vez...

Ela estava ali pra se preparar para o vestibular mas ao invés, vivia sua primeira paixão proibida. O professor de matemática, muito mais velho, seguro e... interessado nela. Um monte de garotas sofisticadas na sala e ele só tinha olhos pra ela. Lara, seus 17 anos recém completados e vividos numa cidade pequenina do interior, nunca tinha tido nada além de algumas experiências desastradas com seu ex-namorado de colégio. E estava ali, passando aperto fora do conforto da casa dos pais pra entrar na faculdade de medicina.

Na primeira aula, ela a chamou, fez piadas, perguntou seu nome. Depois, ele nunca perdia a oportunidade de fazer gracinhas especialmente pra ela. Sentada na primeira carteira, Lara ficava sem graça, cruzava e descruzava as pernas. Aquele calor todo, ela de vestido levinho e rasteirinhas. Perdeu as contas de quantos plantões e aulas de reforço tinha ido. Se fazia de boba, fingia que não entendia a matéria que sabia de cor só pra ficar até o fim da aula e esperar os outros alunos saírem. Então ela percebeu, ele estava sempre olhando pras suas pernas.

Lara dançava desde menina. Tinha lindas pernas compridas e torneadas. Entendeu que aquilo o estava deixando interessado. E ela, que já não sabia mais como chamar sua atenção, resolveu jogar sujo. Saia jeans e tamancos altos, lá se foi pra aula. Balançava as pernas, esticava os pezinhos, segurava o tamanquinho na ponta dos dedos. E mostrava a maior quantidade de coxa que podia uma menina de família. No fim da aula, ele finalmente a convidou pra sair. Totalmente sigiloso, claro, a escola não aprovava relação entre alunos e professores.

Ela se arrumou, vestido preto, grudado no corpo e sandálias emprestadas. Saltos finos, altos e tiras que subiam pelas pernas. Mas apesar da produção sensual, ela estava extremamente nervosa. Nunca tinha saído com alguém mais velho. Melhor dizendo, tinha estado com um único garoto, tão inexperiente quanto ela. Ele a buscou de carro, ela entrou e ele colocou as mãos nos seus joelhos. Para meu apartamento, claro, não podemos ser vistos por outros alunos. Ela entrou, tímida, se sentindo meio ridícula com aquela roupa toda sexy e muita vontade de sair correndo.

Ele notou que estava lidando com alguém que precisava de mais calma e paciência que a maioria das alunas com quem ele tinha o hábito de sair. Começaram conversar, bebendo cerveja, o clima ficando mais leve. Vários casos de sala de aula depois e ele diz: Sabe o que me atraiu em você? Ela atônita, esperando alguma cantada barata, do tipo, “seu sorriso” e ele responde que foram os pés. Seus maravilhosos pezinhos, ele disse. E ela nem sabia que pés atraiam alguém. Mantinha-os sempre feitos e bem cuidados pois a mãe havia ensinado que meninas estão sempre com mãos e pés impecáveis. Mas daí a achar alguém que se sentia atraídos por eles, era uma boa distância. Coisa de maluco, pensou.

Então ele se ajoelhou. E pegou seu pé. E começou a soltar as tiras da sandálias, que iam escorregando pela panturrilha, enquanto ele ia alisando suas pernas até em cima, na linha da saia do vestido. E enquanto ela pensava se iria ou não dizer não para as mãos atrevidas, ele lambeu entre seus dedinhos. Devagar, depois com mais ímpeto, enquanto ia tirando a sandália. Lara amoleceu. Cada parte do seu corpo queimava de vontade de ter os pés lambidos pra sempre. E ele atendeu. Passava a língua entre os dedinhos, chupava cada um deles devagarzinho como se os tivesse saboreando. Primeiro um pé e depois o outro. Beijava as solinhas, fazia seus contornos com a língua. Lambeu cada unhazinha. E ela ali, completamente tonta, com os pés pra ele. E pisava em seu rosto quando ele pedia, em seu peito, em sua barriga. E depois do que pareceu horas de adoração de seus pezinhos, ele tirou sua calcinha, beijando cada pedacinho de suas pernas e pés enquanto isso e eles fizeram amor. E só depois que Lara tinha descoberto pela primeira vez o que era ter um orgasmo, é que ele finalmente a beijou na boca.